sede do the new york times, em nova york
Sede do The New York Times, em Nova York (Imagem: Unsplash/valentinsteph)

O The New York Times, um dos principais jornais dos Estados Unidos, apresentou uma ação nesta quarta-feira (27) contra a OpenAI, desenvolvedora do ChatGPT, e a gigante Microsoft, maior investidora da empresa, alegando violação de direitos autorais ao utilizar seus artigos para alimentar modelos de Inteligência Artificial (IA).

A ação argumenta que ambas as empresas “buscam lucrar com o substancial investimento do Times em jornalismo, o utilizando sem autorização ou compensação para criar produtos”. O documento caracteriza tal prática como “violação de direitos autorais no que abrange conteúdo e trabalho jornalístico.”

O jornal estima prejuízos na casa dos bilhões de dólares e requer compensação, além de uma ordem para cessar imediatamente o uso de seu conteúdo e deletar dados já gerados.

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Ao adotar essa postura, o The New York Times, o mais renomado grupo de imprensa dos EUA, diferencia-se de outros veículos como o alemão Axel Springer e a agência Associated Press (AP), que firmaram acordos de conteúdo com a OpenAI.

A Microsoft, que investiu US$ 10 bilhões na OpenAI e utiliza o GPT-4 – um modelo avançado de IA generativa — em seus produtos, como o Copilot, também é apontada no processo.

Os modelos de IA das empresas foram alimentados por anos com conteúdo disponível publicamente na internet, presumindo-se que poderiam ser utilizados sem autorização ou compensação às fontes originais.

“Estas ferramentas foram criadas e continuam utilizando jornalismo independente e conteúdo que estão disponíveis apenas porque nós e nossos colegas os produzimos, editamos e checamos com um alto custo e experiência considerável”, disse um porta-voz do jornal.