Firefox 63 bloqueará scripts de rastreamento por padrão para reforçar privacidade
Scripts de mineração de criptomoedas também estão na mira da Mozilla para proteger seus usuários.
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A Mozilla sempre se mostrou preocupada com a privacidade e a experiência dos usuários de seus produtos. Nesta quinta-feira (30), a organização deu mais uma prova disso e anunciou que versões futuras do Firefox irão bloquear por padrão scripts de rastreamento das páginas visitadas e dar mais controle sobre a quantidade de dados compartilhados indiretamente com os sites. Desde 2015, usuários do Firefox já podiam ativar funções similares nas configurações do navegador.
De acordo com a Mozilla, a nova fucionalidade não vai barrar completamente as práticas de monitoramento online, mas deixará mais claro quando isso acontecer. “É mais do que proteger o usuário, é sobre dar voz. Alguns sites vão continuar querendo que o usuário compartilhe seus dados de navegação em troca de conteúdo, mas agora eles precisarão pedir autorização”, diz o comunicado oficial.
“Este anúncio reforça um número de inciativas para melhorar a performance no carregamento das páginas, atenuar práticas nocivas e evitar rastreamentos”, completa Steven Englehardt, engenheiro de privacidade da Mozilla, em sua conta no Twitter.
De acordo com uma pesquisa feita pela Ghostery, 55% do tempo usuado para carregar o conteúdo da maioria das páginas é gasto com os rastreadores. Isso torna a navegação muito mais lenta para quem tem conexões de internet mais modestas, por exemplo.
Usuários testando o Firefox Nightly — versão 63-beta do navegador, que deve ser lançada como estável até o final de outubro — já podem bloquear os trackers e os scripts que demoram mais do que 5 segundos para carregar.
Criptomineração está na mira
A partir da versão 65, com previsão de lançamento para o final de janeiro de 2019, o Firefox deve bloquear também o armazenamento em cache dos rastreadores e começar a remover os cookies ligados os mesmos. Também será possível bloquear cookies de terceiros, mas os desenvolvedores alertam que esta opção pode quebrar o funcionamento de alguns poucos sites que dependem deles.
Essa mudança deve ajudar a bloquear scripts de mineração de criptomoedas também, códigos inseridos nos sites para usar o processamento do computador do visitante para resolver cálculos de moedas virtuais como Bitcoin, Monero e Ethereum. A prática é considerada antiética por nem sempre deixar claro que o visitante está “doando” uso do processador, placa de vídeo e eletricidade para o dono do site.