Logo do flatpak em um fundo verde claro
Flatpak/Divulgação

Desde sua criação, há quase 10 anos, Flatpak tem sido uma tecnologia que revolucionou a forma como os aplicativos open source são distribuídos e executados em diferentes sistemas operacionais. Antes do seu surgimento, a distribuição de aplicativos em sistemas operacionais Linux era um desafio. Cada distribuição possuía seus próprios pacotes de software, o que resultava em incompatibilidades e dificuldades na instalação e atualização de programas. Além disso, os desenvolvedores enfrentavam problemas para criar aplicativos que funcionassem em diferentes distribuições, o que limitava o alcance de suas criações.

Foi nesse cenário que, em 2014, Alexander Larsson, engenheiro de software da Red Hat, criou o Flatpak, anteriormente conhecido como xdg-app. O objetivo principal era superar os desafios da distribuição de aplicativos e proporcionar uma experiência mais consistente e simplificada para usuários e desenvolvedores de diversas plataformas.

Por dentro do Flatpak

O Flatpak é baseado em um conceito conhecido como “sandboxing”, ou seja, a criação de ambientes isolados para a execução de aplicativos. Essa abordagem permite que os programas sejam executados com segurança, sem interferir no sistema operacional ou em outros aplicativos. Dessa forma, é possível evitar conflitos e garantir a estabilidade do sistema como um todo.

Além disso, o Flatpak utiliza o conceito de “runtimes”, que são ambientes compartilhados que contêm todas as bibliotecas necessárias para a execução dos aplicativos. Com isso, os desenvolvedores podem criar aplicativos que dependam desses runtimes, garantindo que suas criações funcionem em diferentes sistemas, independentemente da versão da distribuição Linux e das bibliotecas instaladas.

Os benefícios do Flatpak

O Flatpak trouxe uma série de benefícios para a distribuição de aplicativos. Dentre eles, podemos destacar:

1. Portabilidade e compatibilidade

Com o Flatpak, os aplicativos podem ser executados em diferentes sistemas operacionais Linux, sem a necessidade de adaptações específicas para cada distribuição. Isso facilita a vida dos desenvolvedores, que podem atingir um público maior sem grandes esforços.

2. Facilidade de instalação e atualização

Através de repositórios centralizados, como o Flathub, os usuários podem facilmente buscar e instalar aplicativos Flatpak. Além disso, as atualizações são gerenciadas de forma simples e automática, garantindo que os usuários tenham sempre acesso às versões mais recentes dos programas.

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3. Segurança e isolamento

O sandboxing proporcionado pelo Flatpak contribui para a segurança do sistema operacional como um todo. Os aplicativos são executados em ambientes isolados, reduzindo os riscos de interferência e tornando mais difícil a propagação de malware ou problemas de segurança.

4. Coexistência pacífica de versões

Um dos grandes desafios na distribuição de software é a coexistência de diferentes versões de bibliotecas e dependências. Com o Flatpak, cada aplicativo traz consigo suas próprias dependências, o que significa que versões diferentes podem coexistir sem conflitos, permitindo que os usuários experimentem e utilizem diferentes versões de programas.

O impacto do Flatpak na indústria de software

Desde seu lançamento, o Flatpak tem ganhado popularidade na indústria de software. Grandes empresas, como o GNOME e a Valve, adotaram essa tecnologia para distribuir seus aplicativos. Além disso, o crescimento da comunidade de desenvolvedores ao redor do Flatpak tem resultado em um aumento significativo no número de aplicativos disponíveis no Flathub.

A facilidade de distribuição e a compatibilidade proporcionada pelo Flatpak têm contribuído para a disseminação de aplicativos de código aberto e comerciais, ampliando as opções disponíveis para os usuários de sistemas Linux.