Mão masculina segurando smartphone com o timeline do instagram aberta
Unsplash/thoughtcatalog

O Instagram está testando um novo formato de anúncios que os usuários não podem pular, em uma tentativa de atrair mais anunciantes. Atualmente, a plataforma permite que as pessoas deslizem ou rolem rapidamente pelos anúncios que aparecem no feed principal de imagens e vídeos, bem como nos Stories e Reels.

Contudo, a rede social está experimentando um recurso chamado “ad break”, no qual os usuários são obrigados a assistir aos anúncios até que um cronômetro conte até zero, antes de poderem continuar a navegação.

“Estamos sempre testando formatos que possam agregar valor para os anunciantes e experimentando novos produtos e soluções de anúncios de acordo com as tendências de consumo e necessidades empresariais”, afirmou a empresa em um comunicado, acrescentando que fornecerá mais atualizações se o teste resultar em mudanças permanentes no formato.

Dois exemplos de publicidade no instagram com contador ao lado do termo ad break
Instagram/Reprodução
Dois exemplos de “ad breaks” capturados por usuários
 

Embora ainda seja incerto se o teste agradará aos anunciantes, ele definitivamente não foi bem recebido pelos usuários. Um usuário no Threads chamou a mudança de “louca” e disse que parece ser uma medida “agressivamente insistente para ganhar mais dinheiro com anúncios”. Outros usuários sugeriram até boicotar a plataforma. “Simplesmente não vamos rolar”, disse um usuário no X (antigo Twitter).

Anúncios forçados são eficazes?

A Meta não é a primeira grande empresa de tecnologia a forçar os usuários a assistirem a anúncios. O YouTube, por exemplo, é conhecido por exibir anúncios não puláveis para aqueles que não pagam pelo serviço premium sem anúncios. Esses anúncios variam de 15 a 30 segundos e podem aparecer antes, durante ou após os vídeos. O YouTube também utiliza anúncios curtos de até seis segundos, chamados bumper ads.

Apesar das tentativas de grandes empresas como o Google (controladora do YouTube) de coibir o uso de bloqueadores de anúncios, não está claro se forçar os usuários a assistir mais anúncios realmente ajuda as empresas. Um estudo realizado pelo TikTok, publicado em janeiro, sugeriu que forçar os espectadores a assistir a anúncios pode resultar em menor engajamento. Mais de 70% dos participantes disseram que eram mais propensos a interagir com um anúncio se tivessem a opção de pulá-lo.

Assim, enquanto o Instagram continua a testar novos formatos, resta ver se a estratégia de anúncios não puláveis trará os resultados desejados para a Meta e seus anunciantes, sem alienar ainda mais os seus usuários.