Notas
#46
O Google Docs ganhou uma nova função que permite exportar documentos de texto em formato Markdown.
Essa novidade vai facilitar muito a vida de redatores técnicos (eu!) e engenheiros que trabalham com a popular linguagem de marcação. Você pode exportar seus documentos como .md ou importar arquivos .md para editá-los com toda a facilidade de colaboração que o Docs oferece.
Com a nova atualização, a conversão via importação e exportação já está habilitada por padrão. Se quiser converter diretamente na hora de copiar e colar dentro de um arquivo de texto, basta ativar a opção “Detectar Markdown” em Ferramentas > Preferências.
#45
Finalmente, o aclamado editor de código Zed está disponível oficialmente para Linux. Nos últimos meses, houve um grande progresso no suporte ao Linux, culminando em uma versão mais formal e estável.
Criado por ex-desenvolvedores do Atom, o Zed é um editor de código moderno e open-source, escrito em Rust e acelerado por GPU (Vulkan), que agora amadureceu o suficiente para oferecer builds oficiais para sistemas baseados em Linux. O Zed oferece suporte tanto para Wayland quanto X11, com um foco especial nos testes realizados até agora no Ubuntu.
Para quem deseja experimentar o Zed no Linux, os detalhes podem ser encontrados em em zed.dev. A instalação é simples e pode ser feita executando o comando curl https://zed.dev/install.sh | sh.
#44
Websites protegidos pela Cloudflare agora possuem uma arma contra bots que raspam dados da web para treinar inteligência artificial. A empresa lançou uma ferramenta gratuita para identificar e bloquear esses mecanismos.
Isso porque o boom da IA aumentou a demanda por dados para treinar modelos, levando alguns fornecedores a recorrer a práticas questionáveis, como bots se passando por visitantes humanos e ignorando o robots.txt.
A ferramenta pode ser ativada no menu Security > Bots > Bot Fight Mode.
A Cloudflare analisa o comportamento dos bots para detectar tentativas de camuflagem e conta com a colaboração dos usuários para reportar suspeitas. É um passo na direção certa, mas a eficácia da ferramenta dependerá da precisão na detecção desses bots “camuflados”, e o impasse de bloquear bots que trazem tráfego orgânico (como o Google AI Overviews) segue em aberto.
#43
Lembra quando a Meta, dona do Facebook e Instagram, começou a usar publicações dos usuários para treinar modelos de inteligência artificial? Pois a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) não gostou da ideia e determinou que a empresa suspenda a nova política de privacidade que permite o uso de conteúdo gerado por usuários brasileiros. A determinação, de cumprimento imediato, ainda prevê multa de R$ 50 mil por dia de descumprimento – troco de pinga, mas é o que diz a lei.
A Meta disse, em comunicado, que ficou “desapontada”, que “é um retrocesso para a inovação e a competitividade no desenvolvimento de IA” e defendeu que a abordagem da empresa para IA está de acordo com a legislação brasileira.
Chora mais, Zuckerberg!
#42
Uma pesquisa da Universidade de Washington revelou viés contra pessoas com deficiência do ChatGPT quando usado em processos de seleção. Currículos com prêmios e credenciais relacionadas a algum tipo de deficiência, como autismo ou paralisia cerebral, eram classificados em posições inferiores na lista e candidatos foram considerados como tendo “menos ênfase em papéis de liderança”.
Com prompts mais complexos e específicos para evitar preconceitos capacitistas, o ChatGPT melhorou suas avaliações, mas ainda mostrou falhas.
Vale lembrar que chatbots não têm consciência. O código com o qual eles são construídos e o conteúdo usado no treinamento são quem carregam as falhas. Tanto usuários quanto desenvolvedores precisam estar atentos a esses vieses.
#41
A Proton lançou servidores gratuitos como parte de uma campanha anticensura, incluindo o Brasil, que terá eleições municipais em 2024. A iniciativa começou em março com 16 países, como Senegal e Paquistão, e agora se expande para Síria, Jordânia, Tunísia, Uzbequistão e Brasil.
No Brasil, os servidores gratuitos estarão disponíveis duas semanas antes das eleições, em 6 de outubro, e continuarão por uma semana após a votação.
Usuários de Android também poderão usar a Proton VPN de graça e sem login. Basta baixar o aplicativo, selecionar “Continuar como convidado” e aproveitar a navegação segura.
Para escolher o país do servidor, é necessário um plano pago, a partir de US$ 9,99. Há também a opção gratuita Proton Free, limitada a um dispositivo e menos recursos.
#40
No sobe e desce do mercado, a Nvidia desbancou Microsoft e Apple novamente, confirmando o posto de empresa pública mais valiosa do mundo. O preço das ações da fabricante de chips disparou no último ano, impulsionado pelo boom da IA generativa e pela crescente demanda pelas GPUs da empresa, essenciais para lidar com o imenso volume de cálculos de modelos de IA.
A ascensão da Nvidia é uma das mais rápidas da história. Há dois anos, sua avaliação de mercado era de US$ 400 bilhões. Na terça-feira (18), as ações subiram 3,6%, elevando seu valor para US$ 3,3 trilhões.
A aposta do CEO Jensen Huang de que GPUs seriam essenciais para IA, apontando a Nvidia para esse mercado, deu certo: a Nvidia controla mais de 80% do mercado de chips para IA e surfa tranquila nessa bolha. É como diz aquele ditado: “Na corrida do ouro, quem faz fortuna são os que vendem pás”.
#39
A Internxt, conhecida por seu serviço de armazenamento em nuvem, lançou uma VPN grátis. A Internxt VPN, tem foco em segurança e privacidade, oferece criptografia robusta AES-256 e promete uma navegação anônima e segura, garantindo que todas as atividades online permaneçam privadas.
A empresa espanhola tem servidores localizados em diversos países e os usuários podem acessar conteúdo de qualquer lugar, sem restrições de localidade, velocidade de conexão, limite de dados ou registros de atividades.
O ponto ruim? Por enquanto, só é possível acessar o serviço através de uma extensão para o navegador Chrome ou derivados. Ainda não há uma versão para Firefox, Safari e navegadores móveis.
Você pode instalar a extensão da Internxt VPN no site oficial.
#38
O gerenciador open source de senhas Proton Pass, que já estava disponível no Windows, iOS e Android, ganhou novas versões para Linux e MacOS.
O Proton Pass é desenvolvido pela Proton, empresa suíça reconhecida pela ênfase na privacidade e segurança, e mais conhecida pelo Proton Mail. Ambos são protegido pelas rígidas leis de privacidade da Suíça.
O aplicativo pode ser usado de forma gratuita, com funções básicas como salvamento e preenchimento automático de senhas em apps e sites, geração de senhas fortes e sincronização entre múltiplos dispositivos. Com uma assinatura Pass Plus, por US$ 24/ano, é possível ter outros recursos como modo offline com armazenamento local de senhas e alertas de segurança com o Proton Sentinel e Pass Monitor.
#37
O novo recurso Recall do Windows 11, que cria uma “linha do tempo” das atividades do usuário no computador a partir de capturas de tela a cada poucos segundos e inteligência artificial, tem gerado preocupações sobre privacidade e segurança.
Embora as capturas sejam criptografadas quando o computador está fechado, elas são descriptografadas quando o usuário se loga, tornando-as acessíveis para hackers se o sistema for invadido – ou por um chefe ou parceiro controlador que tem acesso ao computador do usuário.
Mas desativar o Recall é fácil. Basta ir em Configurações > Privacidade & Segurança > Recall & Instantâneos e desmarcar a opção “Salvar instantâneos” para desligar as capturas de tela constantes.