Notas
#26
Jack Dorsey, cofundador do Twitter, deixou o conselho do Bluesky, rede social descentralizada que ajudou a criar e ainda incentivou usuários a permanecerem no X/Twitter.
Em setembro, ele já havia apagado sua conta no Bluesky e doado US$ 5 milhões para a rede social descentralizada Nostr.
A saída repentina pegou a Bluesky de surpresa, mas a rede agradeceu sua contribuição financeira inicial – e devem ter ficado aliviados com este livramento.
Dorsey é controverso. Advoga por justiça social, mas apoia ativamente candidatos conservadores e “anti-woke”, como o biruta do Robert F Kennedy Jr. No X/Twitter, ele segue apenas 3 contas: Edward Snowden, Stella Assange e Elon Musk – que Dorsey já apoiou publicamente, chamando-o de “única solução” para o futuro do Twitter, mas depois criticou algumas se duas decisões.
#25
Desde que o X/Twitter entrou numa espiral de merda, muitas redes concorrentes surgiram para receber os usuários insatisfeitos, algumas desapareceram, mas nenhuma delas chegou perto de ser um substituto tão bom quanto o Bluesky, mesmo a plataforma não oferecendo ainda muitas das funcionalidades às quais estamos acostumados a usar na rede do finado passarinho.
Isso deve mudar em breve. Nos próximos meses, os cerca de 5,6 milhões de usuários do Bluesky ganharão acesso a mensagens privadas (DMs), postagens de vídeo com até 90 segundos, login com protocolo OAuth, várias melhorias nos feeds e nas ferramentas anti-assédio – o que deve tornar a plataforma mais atrativa para quem ainda está relutante em migrar para o site da borboletinha azul.
#24
O YouTube está implementando um recurso para usuários Premium que usa inteligência artificial para te levar direto para as partes mais importantes do vídeo.
Por enquanto, o “Jump Ahead” está em fase experimental e só funciona para vídeos em inglês no aplicativo Android com contas Premium dos EUA. Até 1º de junho, é possível ativar a função no site e testar se ela ajuda a encontrar o conteúdo mais interessante ou não.
Vale lembrar que pular trechos pode prejudicar o criador de conteúdo, já que a exibição de anúncios mais rentáveis depende de um coeficiente de visualizações completas de cada vídeo.
Enfim, a ideia é interessante, mas vamos aguardar para ver se esse “pular para frente” vai mesmo levar a algum lugar ou deixar perdido no meio do caminho.
#23
Rumores desta semana indicam que o ChatGPT pode ganhar um mecanismo de busca na web em breve.
Tudo começou quando um usuário do Reddit descobriu que certificados SSL foram criados recentemente para o domínio search.chatgpt.com. A URL atualmente mostre apenas um “não encontrado”.
Pete Huang, do podcast The Neuron, que tem bastante conexões no mercado de IA, também mencionou o endereço e a data 9 de maio em uma postagem no Xwitter.
Em fevereiro, surgiram informações de que a OpenAI está desenvolvendo um serviço de buscas em parceria com o Bing. O ChatGPT já está integrado ao Bing há meses, mas atua como uma ferramenta secundária.
O que será que vem por aí?
#22
Com o YouTube priorizando vídeos cada vez mais longos, fica difícil ver tudo o que queremos no meio de tantos minutos de blá blá blá e filmagens desnecessárias. Às vezes, só queremos os pontos principais.
Felizmente, o Gemini, chatbot de IA do Google, tem uma extensão grátis capaz de resumir o conteúdo de vídeos do YouTube. Basta copiar o link do vídeo, colar no Gemini com o prompt “resuma este vídeo: [link]”. Ele usa legendas e transcrições para gerar a resposta.
Por enquanto, o recurso funciona apenas com vídeos em Inglês, Japonês e Coreano, mas você pode perguntar em Português e receber a resposta no mesmo idioma.
Dica: Em vídeos de reviews, peça ao Gemini para organizar informações em tabelas para comparar especificações e preços, por exemplo.
#21
A popular ferramenta de linha de comando Neofetch, que exibe informações do sistema no terminal, parece estar morta. O repositório do projeto no GitHub foi arquivado pelo desenvolvedor. Isso não é nenhuma surpresa, já que o desenvolvimento parecia estagnado há alguns anos.
O Neofetch conquistou a comunidade Linux com sua exibição de especificações de hardware e logo colorido em ASCII do sistema operacional — e muitos usada por usuários de Arch Linux para deixar todo mundo saber que eles usam Arch Linux, como manda a lei.
Mesmo sem ser mais desenvolvido, o Neofetch continuará funcionando. Porém, com o tempo, as informações exibidas podem se tornar menos precisas.
Como é um projeto open source, o Neofetch não morre completamente. Forks e alternativas já existem. HyFetch, um fork direto e mantido ativamente, é a mais recomendada.
#20
Senhas como “12345”, “password” e “admin” são conhecidas por sua fragilidade. Pensando nisso, o Reino Unido decidiu enfrentar esse problema por meio da legislação. Novas leis agora proíbem que dispositivos inteligentes vendidos no país aceitem senhas inseguras.
Isso significa que celulares, tablets, smart TVs, notebooks, fechaduras eletrônicas e outros dispositivos conectados à internet devem, por lei, exigir senhas complexas e orientar os usuários a escolher senhas mais seguras desde a inicialização.
Outra medida importante é informar aos consumidores o período mínimo de atualizações de segurança para os dispositivos adquiridos.
No Brasil, ainda não temos uma lei semelhante, mas é fundamental adotar práticas proativas de segurança. Use gerenciadores de senhas e ative a autenticação em duas etapas sempre que possível.
#19
Lembra do MS-DOS 4.00? Lançado em 1988 junto com a IBM, esse sistema prometia multitarefa, mas ficou conhecido por bugs, alto consumo de memória e foi um fracasso.
Para a alegria dos entusiastas de retrogames e retro-PCs, a Microsoft liberou o código fonte dessa versão. A surpresa? A versão open source não é a de multitarefa, mas sim a focada em adicionar recursos ao DOS tradicional. A Microsoft alega não ter encontrado o código completo dela.
A multitarefa do MS-DOS 4.00 (MT-DOS) nunca chegou a ser oficialmente lançada e só rolou em alguns PCs europeus. A versão liberada exigia absurdos 92KB de RAM. Uma fortuna na época dos 640KB.
Fãs de MS-DOS costumavam pular a versão 4.00 (alô, Windows Vista!) e optar pela 3.31, mais leve, ou versões posteriores com mais recursos. MS-DOS 1.25 e 2.0, e Word for Windows 1.1a já são open source há algum tempo.
#18
A Microsoft começou a liberar “recomendações” de apps (que na verdade são anúncios) para todos os usuários do Windows 11. A novidade, parte da atualização KB5036980, exibe propaganda de apps da Microsoft Store no Menu Iniciar.
Apesar da Microsoft alegar que isso auxilia na descoberta de novos programas, parece beneficiar mais as desenvolvedoras do que os usuários. E torna o Windows oficialmente em um adware.
A boa notícia é que você pode desativar esses anúncios de disfarçados “recomendações”. Basta ir em Configurações > Personalização > Iniciar.
A Microsoft já havia inserido publicidade na tela de bloqueio do Windows 10. Será que esse é o futuro do Windows 11? Esperamos que a empresa mantenha o bom senso e abandone essa ideia, assim como descartou os testes de anúncios no Explorer.
#17
O Post News, uma das redes sociais que surgiram com o declínio do Twitter (atual X) e pretendia ser uma alternativa “não-tóxica” focada no compartilhamento e discussão de notícias, além de oferecer assinaturas de conteúdo (tipo um Substack), vai ser encerrada.
O anúncio foi feito pelo “Chief Poster” e fundador Noam Bardin, menos de 1 ano e meio após a rede ser lançada. Segundo Bardin, os usuários tem até 31 de maio para baixar o back-up com seus dados e sacar qualquer saldo que ainda tenham na plataforma.
Alguém realmente usava aquilo?